domingo, 6 de setembro de 2009

Desenganos (II)

Até que ponto ela estava disposta a escorar todo esse sofrimento causado por ele? Era impossível esquecê-lo assim de uma forma instantanea, já que ele se fez tão presente nos últimos meses na vida dela. Por mais que ela tentasse, alguma coisa dentro dela impedia de deixá-lo ir embora definitivamente. Ela via o seu semblante estampado nas faces de outras pessoas, pensava nele toda vez que o telefone tocava, sentia uma angustia enorme só de ver ali, bem na sua frente o nome dele na lista dos visitantes recentes do orkut dela, pensando no porque aquele nome se encontava lá e como se isso não bastasse, tinha calafrios ao ouvir alguém pronunciar o nome dele. O pior é que ele em nenhum momento esteve preocupado com ela e com os seus sentimentos, muito pelo contrario. Ele só vivia a sua própria realidade, o seu próprio mundinho cheio de mimos e agrados, só pensava nele, na prosperidade dele e em mais ninguém. Um dia desses quando ela resolveu alertá-lo disso, achou ruim e num piscar de olhos saiu e a deixou falando sozinha, como estava acostumado a fazer sempre que não queria ouvir as verdades vindas da boca dela. Era o jeito dele, aquele jeito pertinaz, arrogante e que acreditava sempre que somente ele era o dono da razão. E agora ela estava presa dentro de sua própria dor e sem ninguém para ajudá-la, já que as palavras de apoio e de conforto das amigas não faziam mais efeito na sua mente.

Um comentário:

  1. Essa vida é cheia de desenganos, né?
    E quem nunca passou por isso? Apaixonada pelo tipo egoísta, convencido, o tipo 'sou o melhordomundo e façooquequisercomoseucoração'. Só quem passou por isso sabe o quanto dói. E sabe o que é sentir, mais do que raiva do arrogante em questão, raiva de si mesma por quere-lo, ou mais que isso, amá-lo.

    Meu comentário virou um desabaafo, né? rss. Enfim, belo texto, menina!

    Beijo.
    =*

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